segunda-feira, 19 de junho de 2017

Provérbios 16.25

                                                 História baseada no versículo;
Há um caminho que parece direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte.
Provérbios 16.25
Daqui onde estou não posso te ver. Caminhei por tanto tempo sem olhar para trás que me perdi.
Resultado de imagem para mãos dadas com o paiAprendi a andar com Você e andávamos lado a lado de mãos dadas. Por várias vezes Você me impediu de cair quando eu tropeçava nas pedras do caminho. Sua mão segurava forte a minha mão e
a cada tropeção me puxava para cima antes que meus joelhos tocassem o chão.
Mas com o tempo o seu caminho ficou sem graça para mim. Descobri uma estrada parelala a sua. Não era o caminho certo, mas ainda era um caminho seguro. Eu podia me aventurar e ainda te via na estrada ao lado. Podia correr para seu lado quando algo desse errado.
Nesse caminho tropecei algumas vezes sem ter sua mão para me impedir de cair. Ralei os joelhos, me machuquei. Mas ainda eram machucados tão pequenos que eu insistia em seguir em frente. Como uma criança teimosa que desafia os pais. Fui andando.
Até que cheguei à entrada desse lugar.
                                      Imagem relacionada
Já não era uma estrada paralela a sua. Essa estrada seguia pelo lado contrário da sua. O caminho ia inteiramente à outra diração. E eu sabia disso. Eu te ouvi dizer que eu não devia entrar. Mas eu estava tão distraída e tão encantada com a beleza que aquele caminho me prometia que entrei sem pensar duas vezes. Me joguei de cabeça no que parecia uma oportunidade imperdível.
O começo desse caminho era mesmo bonito e alegrava-me os olhos. A sensação era boa, mas não era verdadeira.
Logo descobri que estava por minha conta e que Você não havia entrado atrás de mim. Tive um pouco de medo, mas estava tão animada. Era tão bom estar ali que ignorei o medo.
 A cada novo passo mais distante eu ficava da entrada. Eu não percenia, mas ia ficando cada vez mais escuro. Sem luz eu não podia ver as pedras e eu tropeçava muito. E era impossível não cair. Eu me machucava cada vez mais em cada queda.
Acho que eu podia ter parado e voltado antes. Não sei se cheguei a pensar nisso. Estava tão cega e decidida a provar que aquele caminho era possível. Queria provar que era possível trilhar naquela direção. Eu queria estar certa, mas não estava. O que foi ficando claro com o tempo.
Eu continuei caminhando. Tropeçando, caindo e me machucando. Só quando resolvi olhar para trás é que percebi o quão longe eu estava. Já não era possível ver por onde entrei e a escuridão pesava sobre mim.
Resultado de imagem para joelhos ralados meninaAgora as flores do caminho murcharam, a luz acabou, a beleza foi embora e eu estou sozinha. Pensei que chegaria ao paraíso, mas aqui é escuro e frio. Cheguei a lugar nenhum. Vou tateando e procurando uma saída, mas não encontro. Estou ferida demais para voltar e, na verdade, eu nem sei como voltar. Caminhei por tanto tempo nesse breu que me perdi.
Tenho tanta vergonha de lhe pedir ajuda. Ainda lembro-me de Você me advertindo sobre seguir por esse caminho. Eu estava tão distraída com a paisagem que não dei a sua voz a importância necessária.
Não tenho como sair sozinha daqui. Meu corpo dói e meu coração sangra. Meus ferimentos são muito mais profundos do que se imagina. Eles também estão na alma. Como eu poderia saber, vendo aquela entrada tão florida, que neste caminho me aguardariam tantas pedras?
Só Você pode me resgatar agora. E eu peço que o faça, porque tem doído tanto! A triteza que invade meu coração é tão grande. Arrependo-me por ter seguido sozinha por essa estrada.
Descobri que nenhum caminho é seguro e belo o bastante sem sua mão segurando a minha.


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